Por que Avicena?

Você reparou que o nosso e-mail é avicena@ufpr.br? Essa foi uma forma de homenagear Avicena, visto que seu trabalho possibilitou um grande avanço na área de óleos essenciais, que é tema desse projeto. Abaixo apresentamos uma breve história de seus feitos e contribuições para a história dos óleos essenciais.
O médico e filósofo árabe Abu Ali al-Husayn Abdallah Ibn Sina (Bukhara, 980-1037), de nome latinizado Avicena, teve um papel importante no seu tempo: introduziu a experimentação e quantificação sistemática no estudo fisiológico, descobriu a natureza contagiosa de doenças infeccionas, inclusive implementando a quarentena para evitar o contágio, percebeu que o clima e o ambiente influenciavam a saúde. Como também, escreveu o livro Kitab al- Qanun, o Cânone, em que descreve a ação de plantas e temperos aromáticos. A obra tem tratado de fundamentação aristotélica e foi publicado em hebraico, árabe e latim.
Avicena, ademais, foi fundamental para a história dos óleos essenciais, sendo a ele atribuída a invenção da destilação. Durante as cruzadas, o conhecimento de óleos aromáticos e perfumes foi difundido para o leste e Arábia, com isso, ele utilizou o processo de destilação com serpentina refrigerada a fim de extrair o óleo essencial de rosas. Na época, o produto obtido era o hidrolato (água com o óleo essencial), por exemplo a água-de-rosas extraída da espécie Rose centifolia. Paralelamente, desenvolveu técnicas de secagem e maceração, tornando a Água de Rosas, nessa época, um perfume popular na Europa. Ibn Sina, portanto, aperfeiçoou o método de destilação, possibilitando a obtenção de muitos óleos e produtos de melhor qualidade para a época.